INTRODUÇÃO

O consumo de drogas no Brasil está cada vez maior, e tem atingido camadas mais jovens da população, por isso, tem se tornado alvo frequente de discussões na mídia. O caso mais recente foi a liberação da “Marcha da Maconha” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 15 de Junho de 2011 que despertou uma série de críticas por parte da sociedade. Baseado neste assunto, o trabalho tem como objetivo principal apresentar sucintamente alguns dados e de alguma forma contribuir para o esclarecimento dos internautas sobre esse tema.


DEFINIÇÃO

Droga de Abuso é qualquer substância ou preparação, com pouco uso médico usada primariamente pelos seus efeitos prazerosos, exóticos ou estimulantes. Dentre elas temos: o tabaco e o álcool, que são drogas sociais por excelência; os inalantes, a maconha, a cocaína, o LSD, a mescalina e extratos de cogumelos que são drogas ilícitas, substâncias que só devem ser usadas sob receita médica, como moderadores do apetite, estimulantes, calmantes, entre outras que também passam a ser drogas de abuso, quando utilizada para outros fins ou em excesso.
O abuso de drogas ocorre quando um indivíduo usa repetidamente uma droga, apesar de saber do problema social, de trabalho ou de saúde gerado pelo uso da droga.
Como se trata de um tema muito amplo, o trabalho vai focar somente nas chamadas drogas ilícitas devido à grande repercursão na mídia.
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína, a nicotina,  o ópio e o THC ou tetrahidrocanabinol. As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.

TIPOS DE DROGAS

As drogas podem ser divididas em três grupos levando em conta a sua ação no corpo humano que são:
  • Depressoras - diminuem a atividade cerebral e podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, barbitúricos, maconha, diluentes, quetamina, lança perfume, clorofórmio, ópio, morfina, heroína, e inalantes em geral (cola de sapateiro, "cheirinho da lóló",  etc).
  • Alucinógenas (drogas pertubadoras) – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: "chá de cogumelos", LSD (dietilamida do ácido lisérgico), ecstasy e DMT (dimetiltriptamina).
  • Psicotrópticas ou estimulantes - produzem aumento da atividade pulmonar, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, GHB (ácido gama-hidroxibutírico),metanfetaminas, anfetaminas ("arrebite") etc.

Podemos, ainda, dividi-las quanto à sua natureza:

  • Naturais - uma droga é considerada natural quando ela pode ser extraída, através de vários processos, de uma determinada planta. Exemplos: ópio, maconha, psilocibina, DMT, etc.
  • Semissintéticas -  são produzidas a partir de drogas naturais com alterações químicas feitas artificialmente em laboratório. Exemplos: crack, cocaína, haxixe, etc.
  • Sintéticas -  são substâncias ou misturas de substâncias exclusivamente psicoativas produzidas através de meios químicos cujos principais componentes ativos não são encontrados na natureza. Exemplos: anfetaminas, cetamina, GLB (gama-butirolactona), ecstasy, etc.


ASPECTOS LEGAIS

Do ponto de vista jurídico, segundo prescreve o parágrafo único do art. 1.º da Lei n.º 11.343, de 23 de Agosto de 2006 (Lei de Drogas): "Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União". Isto significa dizer que as normas penais que tratam do usuário, do dependente e do traficante são consideradas normas penais em branco. Atualmente, no Brasil, são consideradas drogas todos os produtos e substâncias listados na Portaria n.º SVS/MS 344/98.
  
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DADOS ESTATÍSTICOS

Conforme já relatado, o uso de drogas vem sendo cada vez mais frequente nas camadas mais jovens da população. Em recente estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a PeNSE 2009 (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009) na qual a população-alvo da pesquisa foi formada por escolares do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série) de escolas públicas ou privadas das capitais dos estados brasileiros e do Distrito Federal. A PeNSE 2009 estimou em 618555 o número de escolares do 9º ano do ensino fundamental frequentando a escola nas capitais brasileiras e no Distrito Federal (n=618555).
A escolha do 9º ano do ensino fundamental teve como justificativa o mínimo de escolarização necessária para responder questionário autoaplicável e também a proximidade da idade de referência preconizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS, que é de 13 a 15 anos. As escolas foram estratificadas, inicialmente, levando-se em conta sua localização geográfica e dependência administrativa, de tal modo que cada estrato geográfico correspondeu a um domínio de interesse para a divulgação de resultados da pesquisa. No caso, a estratificação geográfica correspondeu às capitais das Unidades da Federação e o Distrito Federal, totalizando 27 estratos. Em cada um destes, as escolas com classes do 9º ano do ensino fundamental foram agrupadas em escolas privadas ou públicas (federais, estaduais ou municipais).
Como sabido, o emprego de planos amostrais conglomerados geralmente resulta em redução de custos para amostras de igual tamanho total em comparação com a Amostragem Aleatória Simples - AAS (AAS), por concentrar a amostra nos conglomerados selecionados, reduzindo seu espalhamento geográfico. Por outro lado, o impacto sobre a precisão costuma ser negativo, no sentido de que amostras conglomeradas de igual tamanho que uma AAS leva a estimadores com maior variância.

Os resultados são alarmantes:
Fonte: IBGE

PESQUISA

 Foi realizada uma pesquisa em um centro de recuperação no Rio de Janeiro com 160 pacientes (n=160) e os resultados estão na tabela abaixo:


TABELA 1: número de internados por sexo e faixa etária. FR (Frequencia Relativa).



GRÁFICO 1: distribuição da população quanto ao sexo e faixa etária

Foi usada a amostragem estratificada uma vez que a população não era homogênea, ou seja, havia faixas etárias diferentes para se reduzir o erro padrão.

Para avaliar o histórico de internações nos últimos 5 anos foi feita uma pesquisa que encontrou os seguintes resultados:


TABELA 2: número de internações nos últimos cinco anos pelos meses.
GRÁFICO 2.1: dispersograma do número de internações pelos meses do ano.

GRÁFICO 2.2: distrbuição do número total de internações pelos últimos cinco anos.












Os resultados obtidos na Tabela 1 só corroboram para o que foi afirmado anteriormente. As densidades de internados na casa de recuperação tendem às camadas mais jovens da população estudada.

CONCLUSÃO

Esse trabalho permitiu concluir que o consumo de drogas no Brasil tem se tornado um vício cada vez mais precoce. São meninos e meninas pondo a sua saúde em risco por causa das drogas. Enquanto isso, o tráfico só se fortalece, colocando jovens traficantes na linha de combate com a polícia pelos . O poder público tenta, sem sucesso, conter o avanço do tráfico no país. Tal fato pode ser confirmado pelo aumento das "cracolândias" nas grandes capitais.
Cabe a nós, sociedade, discutirmos sobre esse assunto, assim como cabe às autoridades criar leis e regulamentos que de fato funcionem para todos, e não para uma parcela da população. De igual modo, cabe à mídia levantar discussões que sejam de fato importantes para esclarecer e conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre os prejuízos que o uso de drogas pode causar.

INDICAÇÕES

Quebrando o Tabu, um documentário dirigido por Fernando Grostein Andrade, com Fernando Henrique Cardoso, Bill Clinton, Jimmy Carter, Drauzio Varella e Paulo Coelho. 

http://www.antidrogas.com.br/